A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou nesta 5ª feira (7.dez.2023) os dados econômico-financeiros relativos ao 3º trimestre de 2023 em seu portal eletrônico. O setor de saúde suplementar registrou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no acumulado dos 3 primeiros trimestres de 2023, o que equivale a 1,3% da receita total no período (R$ 233,4 bilhões). Foi o melhor resultado para o período em 2 anos.
Nos números agregados por segmentos, os resultados líquidos foram positivos para todos os segmentos. Eis abaixo:
- administradoras de benefícios: R$ 388,4 milhões;
- operadoras exclusivamente odontológicas: R$ 471,6 milhões;
- médico-hospitalares: R$ 2,27 bilhões.
As operadoras médico-hospitalares, principal segmento do setor, fecharam o 3º trimestre de 2023 com resultado operacional negativo acumulado no ano de R$ 6,3 bilhões.
Segundo a agência, o principal aspecto que explica o desempenho do setor continua sendo a sinistralidade –que fechou o trimestre em 88,2% (cerca de 2,1 pontos percentuais abaixo do apurado no mesmo período do ano anterior). Isso indica que em torno de 88% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais. “Tal resultado, ainda superior ao observado nos anos pré-pandemia, foi fortemente impulsionado por algumas das maiores operadoras do país”, informou.
Agência Nacional de Saúde Suplementar afirmou ainda que o resultado pode ser explicado pela recomposição das receitas dos planos, em razão do crescimento das mensalidades médias e das despesas assistenciais por beneficiário, ambas ajustadas pela inflação. Segundo a ANS, o contexto de aumento do número de beneficiários e da queda dos juros básicos da economia brasileira tendem a reduzir o resultado financeiro em relação aos períodos anteriores.
“A recuperação do desempenho econômico-financeiro do setor pode ser observada em diversos indicadores desde o 4º trimestre de 2022, especialmente nas séries de 12 meses do Painel Econômico-Financeiro, com o aumento dos resultados líquido e operacional, e a redução da sinistralidade. Além disso, o agregado da margem de lucro líquido das operadoras médico-hospitalares ficou positivo, apresentando o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2021”, afirmou o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.