NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto fecharam em baixa na ICE nesta quarta-feira, após subirem para um pico de 11 anos, enquanto os contratos de cacau avançaram para seu nível mais alto em 6 anos e meio.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto de maio caiu 0,17 centavo, ou 0,7%, a 24,37 centavos de dólar por libra-peso, após uma máxima de 11 anos de 24,90 centavos.
* Operadores disseram que o mercado estava tecnicamente sobrecomprado após seu forte avanço recente e pode cair ainda mais no curto prazo.
* A máxima foi impulsionada em parte pela produção abaixo do esperado na Índia e em vários outros grandes países asiáticos.
* Atrasos na colheita do Brasil, maior exportador, também ajudaram a manter a oferta apertada.
* "Se continuar chovendo no Brasil, o gigante não conseguirá mostrar os dentes e abastecer o atual mercado de pontos quentes", disse o Rabobank em relatório.
* A previsão para a principal região açucareira do Brasil, no entanto, é de seca no final do mês.
* O açúcar branco de agosto subiu 4,00 dólares, ou 0,6%, para 680,10 dólares a tonelada.
CACAU
* O cacau Nova York de julho fechou em alta de 12 dólares, ou 0,4%, a 2.977 dólares a tonelada, após atingir o pico de 2.988, o nível mais alto desde agosto de 2016.
* Operadores disseram que uma retomada nas vendas dos produtores ajudou a desacelerar a recente alta nos preços.
* Eles observaram que os fundos estão construindo posições compradas em um cenário de escassez de oferta, particularmente na Costa do Marfim, maior produtor. A demanda também tem resistido bem diante dos problemas econômicos globais.
* O cacau Londres de julho pouco mudou e fechou em 2.275 libras por tonelada, depois de estabelecer uma máxima de 6 anos e meio de 2.286 libras.
CAFÉ
* O café robusta de julho fechou em alta de 7 dólares, ou 0,3%, a 2.386 dólares a tonelada.
* Operadores disseram que a colheita do café robusta (conilon) brasileiro estava em andamento, mas o ritmo era lento.
* O café arábica de julho caiu 2,9 centavos, ou 1,4%, para 2,0015 dólares por libra-peso, depois de uma máxima de 6 meses de 2,0490 dólares na terça-feira.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)