Por Arpan Varghese e Swati Verma
(Reuters) - Os preços do petróleo vão subir lentamente este ano, à medida que as vacinas reavivam a demanda e a Opep+ mantém a rédea no fornecimento, mas o agravamento da crise de Covid na Índia e em outros lugares representa algum obstáculo, apontou uma pesquisa da Reuters nesta sexta-feira.
A pesquisa com 49 participantes previu que o Brent teria uma média de 64,17 dólares o barril em 2021, acima do consenso do mês passado de 63,12 dólares e da média de 62,3 dólares até agora este ano.
Esta é também a quinta revisão consecutiva para cima no consenso de 2021 e também a maior perspectiva para o período desde janeiro do ano passado.
"Com as implementações de vacinas ganhando ritmo este ano, prevemos que as pessoas provavelmente sairão de casa novamente e as empresas serão totalmente reabertas nos próximos trimestres --na verdade, isso já está acontecendo nos EUA e no Reino Unido", apoiando a demanda e empurrando o Brent para cerca de 75 dólares no segundo semestre, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
A demanda por petróleo deve crescer 5,5 milhões a 6,5 milhões de barris por dia (bpd) este ano.
Isso está de acordo com um quadro cautelosamente otimista feito pela Agência Internacional de Energia no início deste mês, de que os produtores podem precisar bombear mais 2 milhões de bpd para atender a demanda esperada.
A Índia, o terceiro maior consumidor de petróleo do mundo, está sendo mais duramente atingida pela pandemia, com grandes partes do país agora sob confinamento. Mas alguns analistas dizem que o impacto pode ser limitado.
"O crescimento da demanda de petróleo da Índia será afetado por alguns meses, pelo menos, mas pode não causar uma redução grande o suficiente para afetar a recuperação da demanda global de petróleo", disse Suvro Sarkar, analista do DBS Bank.