Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram cerca de 1% nesta terça-feira, depois que o maior exportador, a Arábia Saudita, disse que a Opep+ mantinha os cortes na produção e poderia tomar outras medidas para equilibrar o mercado.
No entanto, os preços reduziram os ganhos no final da sessão, depois que a Bloomberg publicou que a União Europeia teria enfraquecido sua mais recente proposta de sanções para um teto de preço nas exportações de petróleo da Rússia, atrasando sua implementação total e flexibilizando as principais provisões de embarques.
O bloco propôs adicionar uma transição de 45 dias para a introdução do limite, de acordo com a Bloomberg.
Uma proibição da União Europeia às importações de petróleo russo deve começar em 5 de dezembro, assim como um plano do G7 que permitirá que fornecedores de serviços de transporte ajudem a exportar petróleo russo, mas apenas a preços baixos forçados.
"O preço máximo está se tornando um dispositivo que permite aos países ocidentais manter o petróleo russo no mercado", disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC em Nova York. "O grande ponto crucial deste mercado é se perderemos ou não quantidades significativas de produtos brutos e refinados da Rússia, e isso ainda não aconteceu."
O petróleo Brent subiu 0,91 dólar, ou 1%, para 88,36 dólares. O petróleo nos EUA (WTI) subiu 0,91 dólar, ou 1,1%, para 80,95 dólares.
Os preços receberam suporte depois que o ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, foi citado na véspera pela agência de notícias estatal SPA negando uma reportagem do Wall Street Journal que fez os preços caírem mais de 5%, dizendo que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo estava considerando aumentar a produção.
Os Emirados Árabes Unidos, outro grande produtor da Opep, negaram estar conversando sobre a mudança do último acordo da Opep+, enquanto o Kuweit disse que não houve tais negociações. A Argélia disse que uma revisão "improvável" do acordo da Opep+ não foi discutida.
Opep, Rússia e outros aliados, conhecidos como Opep+, reúnem-se em 4 de dezembro.
(Por Stephanie Kelly; reportagem adicional de Alex Lawler, Laura Sanicola e Isabel Kua)