Por Sakura Murakami
(Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, prometeu nesta segunda-feira tomar medidas urgentes para combater a queda na taxa de natalidade do país, dizendo que é "agora ou nunca" para uma das sociedades mais antigas do mundo.
Nos últimos anos, o Japão vem tentando encorajar sua população a ter mais filhos com promessas de bônus em dinheiro e melhores benefícios, mas continua sendo um dos lugares mais caros do mundo para criar um filho, segundo pesquisas.
Os nascimentos caíram para um novo recorde de baixa no ano passado, de acordo com estimativas oficiais, ficando abaixo de 800.000 pela primeira vez --um divisor de águas que ocorreu oito anos antes do que o governo esperava.
Isso provavelmente precipitou um novo declínio populacional em um país onde a idade média é de 49 anos, a mais alta do mundo atrás apenas da pequena cidade-Estado de Mônaco.
"Nossa nação está prestes a saber se pode manter suas funções sociais", disse Kishida em um discurso sobre políticas na abertura da sessão legislativa deste ano.
"É agora ou nunca quando se trata de políticas relativas a nascimentos e criação de filhos, é uma questão que simplesmente não pode esperar mais", acrescentou.
Kishida afirmou que apresentará planos para dobrar o orçamento para políticas sobre criança até junho, e que será criada em abril uma nova agência governamental para Crianças e Famílias para supervisionar a questão.
O Japão é o terceiro país mais caro do mundo para criar um filho, de acordo com a YuWa Population Research, atrás apenas da China e da Coreia do Sul, países que também veem populações encolhendo em sinais preocupantes para a economia global.
Outros países também estão enfrentando o envelhecimento e a redução da população. Na semana passada, a China informou que sua população caiu em 2022 pela primeira vez em 60 anos.