BEIRUTE (Reuters) - O premiê libanês Saad al-Hariri fechou um acordo por um pacote de reformas com aliados do governo para amenizar uma crise econômica que desencadeou protestos em todo o país, disseram fontes oficiais à Reuters, com a expectativa que a medida seja aprovada em uma reunião do gabinete na segunda-feira.
Hariri, que lidera uma coalizão do governo atingida por rivalidades sectárias e políticas, deu a seus aliados um prazo de 72 horas na sexta-feira para chegarem a um acordo sobre reformas que pudessem afastar a crise, sugerindo que, caso contrário, ele poderia renunciar.
As decisões pedem por uma redução de 50% nos salários de atuais e ex-autoridades e 3,3 bilhões de dólares em contribuições de bancos para atingir um "déficit perto de zero" para o orçamento de 2020.
O pacote também inclui um plano de privatização para o setor de telecomunicações e uma reforma do frágil sistema elétrico, demanda crucial entre possíveis doadores e investidores estrangeiros, para destravar cerca de 11 bilhões de dólares em fundos para o Líbano.
As fontes disseram que o orçamento não incluirá taxas ou impostos adicionais em meio a tensões generalizadas desencadeadas em parte por uma decisão da semana passada de taxar ligações por WhatsApp.
(Reportagem de Samia Nakhoul e Laila Bassam)