BRASÍLIA (Reuters) - Pesquisa de opinião da XP mostra que a rejeição à criação de um imposto sobre transações é elevada, com 78% dos entrevistados dizendo discordar da ideia, mas que essa oposição cai se a cobrança for atrelada a contrapartidas.
Se o novo tributo for vinculado a um programa para substituir o Bolsa Família, 43% disseram discordar da sua criação, enquanto também 43% se revelaram favoráveis, mostrou a sondagem divulgada nesta terça-feira. Se ele for usado para substituir impostos pagos por empresas para facilitar novas contratações, 37% disseram discordar e 46%, concordar.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem defendido a implantação de um tributo sobre transações, afirmando que sua arrecadação permitirá ao governo desonerar a folha de pagamento das empresas e criar um novo programa de complementação de renda com valores superiores aos pagos pelo Bolsa Família.
Guedes argumenta, sem dar detalhes, que a nova tributação será diferente da CPMF, que vigorou de 1997 a 2007, incidindo sobre movimentações financeiras.
A pesquisa XP, que realizou 1.000 entrevistas nos dias 13 a 15 deste mês, apontou que 59% das pessoas disseram não se lembrar como era cobrada a CPMF. Dos consultados, apenas 10% disseram estar bem informados sobre a reforma tributária em discussão no Congresso.
(Redação Brasíia)