Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira esperar que seja possível encerrar as discussões e implementar as mudanças na Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul no primeiro semestre de 2020, mas admitiu que o calendário eleitoral na região atrapalhou um avanço maior.
"Avançamos bastante, mas não concluímos. O calendário político influiu nisso, mas temos boa massa crítica de resultados. Se tudo der certo, vamos entregar na próxima presidência do Paraguai", disse o ministro em declaração à imprensa ao final do primeiro dia da cúpula.
A mudança na TEC era um dos pontos principais dos planos do Brasil durante a presidência pro tempore do bloco, e a equipe econômica chegou a dizer que queria o assunto concluído em 2019.
Hoje, a TEC está, em média, em 12%, mas pode chegar a 35% no caso do setor automotivo.
"A TEC tem níveis muito altos e pode prejudicar nossa competitividade", disse Araújo.
O ministro disse ainda que o acordo automotivo com o Paraguai, o único que falta com os parceiros do Mercosul, está "praticamente concluído", mas não garantiu que será anunciado nesta cúpula, como pretendia o governo brasileiro.
(Edição de Aluísio Alves)