BRASÍLIA (Reuters) - O setor público brasileiro fechou o mês de outubro com superávit primário de 9,444 bilhões de reais, dado melhor que o esperado e ajudado pelo resultado entregue por Estados e municípios.
Em pesquisa Reuters com analistas, a expectativa era de um superávit de 8 bilhões de reais para o mês, que é sazonalmente positivo.
No período, os Estados e municípios tiveram déficit de 216 milhões de reais, bem abaixo do rombo de 3,089 bilhões de reais registrado um ano antes.
Já o governo central (governo federal, BC e Previdência) apresentou superávit de 8,545 bilhões de reais no período, inferior ao saldo positivo de 10,197 bilhões de reais de igual mês de 2018.
Na véspera, o Tesouro apontou que houve queda nas receitas recolhidas pela União na comparação com o mesmo mês do ano passado, citando por exemplo, reduções na arrecadação com Cofins, concessões e exploração de recursos naturais.
Fechando o dado do setor público, as empresas estatais ficaram no azul em 1,115 bilhão de reais, alta de 61,6% sobre outubro de 2018.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o déficit do setor público consolidado foi de 33,047 bilhões de reais, numa melhoria frente ao patamar de 51,523 bilhões de reais de igual etapa do ano passado.
Em 12 meses, ele alcançou 89,782 bilhões de reais, equivalente a 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB), distante da meta estabelecida para o ano de um rombo primário de 132 bilhões de reais.
Segundo o Tesouro informou na quinta-feira, o resultado consolidado do ano do setor público consolidado deve ficar por volta de 80 bilhões de reais neste ano, o que implicará um crescimento menor da dívida pública.
Em outubro, a dívida bruta caiu a 78,3% do PIB, sobre 79% em setembro. Já a dívida líquida avançou a 55,9% do PIB, ante patamar de 55,3% no mês anterior.
(Por Marcela Ayres)