MOSCOU (Reuters) - Rússia e China estão trabalhando para desenvolver uma vacina contra o coronavírus, e o governo chinês entregou o genoma do vírus a autoridades de saúde russas, informou nesta quarta-feira uma missão diplomática da Rússia na China.
O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus na China subiu para 132 nesta quarta-feira, com o número de casos confirmados agora em quase 6.000.
"Especialistas russos e chineses começaram a desenvolver uma vacina", afirmou o consulado russo na cidade de Guangzhou.
Não ficou claro se cientistas russos e chineses estavam trabalhando juntos ou separadamente. O consulado em Guangzhou não pôde ser contactado para comentar.
A Rússia, que ainda não teve nenhum caso confirmado do vírus, começou na terça-feira a verificar todos os turistas russos que retornavam da China, informou nesta quarta-feira o órgão de vigilância nacional da saúde.
"O lado chinês entregou o genoma do vírus à Rússia, o que permitiu aos cientistas desenvolver rapidamente testes expressos que permitem identificar o vírus no corpo humano em duas horas", afirmou o consulado no comunicado.
A Rússia está conversando com a China sobre a retirada de cidadãos da província da cidade de Wuhan e da província de Hubei, o epicentro do surto, informou o consulado.
O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, ordenou que o órgão de fiscalização de segurança do consumidor da Rússia elabore e apresente um plano ao governo ainda nesta quarta-feira sobre maneiras de impedir a propagação do coronavírus.
As autoridades russas fecharam algumas passagens de fronteira terrestre para a China no extremo oriente russo até 7 de fevereiro.
(Reportagem de Andrey Kuzmin)