BRASÍLIA (Reuters) - O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmou nesta segunda-feira que, caso o programa de crédito para micro e pequenas empresas não funcione, "com certeza absoluta" outro programa terá que vir no lugar dada a urgência em atender esse público.
"Realmente boa parte delas (micro e pequenas empresas) está sendo obrigada a passar dois, três meses fechada. Se nós não enviarmos crédito agora, na hora que chegar o momento da retomada o que vai acontecer? Não tem nem empresa nem emprego", afirmou ele.
Ao participar de live promovida pela Nova Futura Investimentos, Sachsida disse que o Pronampe deve sair nesta semana.
O programa, que já foi aprovado pelo Congresso, ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele prevê um aporte de 15,9 bilhões de reais do Tesouro no Fundo de Garantia de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3). Com isso, as primeiras perdas com inadimplência serão cobertas pela União até um determinado limite, possibilitando a concessão de empréstimos a juros mais baixos.
Sachsida voltou a dizer que, dentre as prioridades para a retomada, está a revisão de programas sociais, já que o país sairá da crise com um grande contingente de pessoas em situação de vulnerabilidade.
"Brasil tem característica de vários (programas sociais) que não têm tido sucesso, vamos rediscuti-los e focar onde eles realmente dão resultado", disse.
Completam a lista de prioridades a implementação de políticas de emprego mais eficientes, uma nova lei de falências e adoção de estruturas aprimoradas no mercado de crédito, mercado de capitais e mercado de garantias.
(Por Marcela Ayres)