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Semana Brasil deve injetar R$ 3,9 bilhões na economia fluminense

Publicado 26.08.2020, 15:28

Agência Brasil - Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Estado do Rio de Janeiro (IFec RJ) feita de 18 a 20 deste mês com 522 consumidores mostra que cerca de 6,7 milhões pretendem adquirir algum produto ou serviço na Semana Brasil, também chamada de black friday brasileira. Isso corresponde a 52,5% da população adulta do estado.

Segundo o instituto, o evento será realizado de 3 a 13 de setembro e deve injetar R$ 3,9 bilhões na economia do estado do Rio, ou o equivalente a quatro vezes o movimento alcançado no Dia das Mães, cuja movimentação econômica somou R$ 1 bilhão.

“Para a economia fluminense, que está ainda no buraco, é um oxigênio maravilhoso”, disse hoje (26) à Agência Brasil o economista Rafael Zanderer, do instituto. Essa será a segunda edição da Semana Brasil.

Contenção de gastos

O economista analisou que o menor número de consumidores dispostos a gastar na Semana Brasil tem como causa a contenção de gastos provocada pelo desemprego resultante da pandemia do novo coronavírus.”Algumas pessoas foram demitidas, outras tiveram redução de jornada e, consequentemente, redução de salários, outras ainda tiveram contratos de trabalho suspensos. Isso na atividade formal. No mercado informal, o rendimento também caiu e foi complementado, em parte, pelo auxílio emergencial. Mas, no cômputo geral, a renda caiu e o reflexo natural disso é diminuir o número de gente disposta a comprar”, afirmou Zanderer.

Ele destacou que a intenção de compra de R$ 3,9 bilhões para a segunda edição da Semana Brasil é um volume significativo, tomando-se em consideração que o prejuízo gerado pela pandemia na economia fluminense no segundo trimestre deste ano atingiu R$ 10,2 bilhões.

Tíquete

A pesquisa indica que devem ser gastos, em média, R$ 585,82 na compra de produtos e serviços na Semana Brasil. Dentre os mais adquiridos, o destaque é para eletrônicos (44,1%); vestuário, calçados e acessórios (39,8%); eletrodomésticos (36,6%); itens de alimentação (29%); artigos de uso pessoal e doméstico (26,9%); itens de material de construção (26,3%); livros e artigos de papelaria (14,5%); pacotes de viagem (14,5%); serviços de estética e beleza (12,9%).

A sondagem identificou ainda que os consumidores do estado do Rio estão divididos em relação aonde farão suas compras: 32,8% em lojas virtuais, 15,6% em lojas físicas e 51,6% em ambas.

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