BRASÍLIA (Reuters) - Servidores do Banco Central que buscam uma reestruturação de carreira decidiram intensificar a operação padrão em atividades do órgão após não chegarem a um acordo com o governo, informou nesta segunda-feira o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
“Eventos, atrasos e interrupções em diversos outros serviços do BC podem se tornar cada vez mais frequentes e se espraiar mesmo para os departamentos que ainda não foram atingidos”, disse em nota o presidente do Sinal, Fabio Faiad.
De acordo com Faiad, uma das áreas afetadas pela operação padrão é o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), voltado a promover inovações na área financeira e que tem, entre suas vertentes, uma área para impulsionar o desenvolvimento do Real Digital.
A operação padrão foi iniciada no princípio de julho e tem como objetivo pressionar o governo a promover uma reestruturação de carreira no BC, além de reivindicar uma espécie de bônus de produtividade.
Segundo a nota do sindicato, a decisão de intensificar a operação ocorreu após o governo indicar que abrirá concurso público para o BC sem antes atender às reivindicações dos servidores.
Até o momento, a maior parte das divulgações do Banco Central não sofreu interferência da operação padrão, com exceção do relatório de poupança, que foi apresentado com atraso de um dia no início de julho.
(Por Bernardo Caram)