😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Sete em cada 10 consumidores não conseguiram poupar em agosto, mostra pesquisa;

Publicado 26.09.2019, 11:49
© Reuters.

Com o desemprego ainda elevado e o poder de compra comprometido, o brasileiro não está conseguindo guardar dinheiro. É o que mostra levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo a pesquisa, 67% dos consumidores brasileiros, ou 7 em cada 10, não conseguiram guardar nenhuma parte de seus rendimentos no mês de agosto.

E o percentual é ainda maior considerando as pessoas das classes C, D e E (71%). Já entre as pessoas de renda mais alta (classes A e B), o percentual de não-poupadores é de mais da metade, 54%, um dado expressivo e que revela que o hábito de poupança não é frequente mesmo entre pessoas que recebem um salário maior.

Só 22% pouparam em agosto

Em agosto passado, apenas 22% dos entrevistados foram capazes de poupar ao menos parte do salário, sendo que cada poupador guardou em média, R$ 546,61. O baixo número de poupadores tem se mantido estável ao longo da série histórica, sendo que em agosto de 2018 girava em torno de 16%.

40% dizem não ter renda e 18% tiveram imprevisto para não guardar

Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo, 40% justificam possuir uma renda muito baixa, o que inviabiliza ter sobras no fim do mês. Outros 18% foram surpreendidos por algum imprevisto financeiro, 15% fizeram gastos extras atípicos com reformas, tratamentos médicos e compras, por exemplo e 13% reconhecem ter perdido o controle sobre os próprios gastos. A crise econômica tem seu papel no resultado da baixa poupança, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Com desemprego presente em muitos lares, o orçamento familiar tornou-se mais apertado e, em alguns casos, insuficiente até para honrar compromissos já assumidos. No entanto, não se pode ignorar que muitos consumidores não dão a devida importância para a formação de uma reserva financeira, diz a economista.

Segundo ela, o consumidor deve ter em mente que um orçamento controlado pode fazer toda a diferença. “O ideal não é poupar somente o que sobra no fim do mês, mas sempre reservar uma quantia fixa, encarando o valor destinado para a reserva como mais um compromisso mensal”, afirma Marcela.

61% guardam para lidar com imprevistos

O levantamento ainda mostra que a maior parte dos poupadores busca proteger-se contra imprevistos como doenças, morte de entes ou mesmo o desemprego (61%). Há também 42% que poupam pensando em garantir um futuro melhor para a família, 16% que poupam com o intuito de comprar a casa própria e 14% que citam a intenção de abrir um negócio. A reserva financeira com foco na aposentadoria foi citada apenas por 16% dos entrevistados.

Poucos guardam para aposentadoria

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, é preocupante que uma minoria dos poupadores tenha como objetivo guardar dinheiro para garantir uma aposentadoria tranquila. “A preparação individual para a aposentadoria ganha ainda mais força neste momento em que se discute a reforma da previdência”, diz. “Um futuro tranquilo nas finanças depende de um esforço feito no presente”.

Segundo Vignoli, muitos acham que não vale a pena, pois sobra pouco dinheiro. Porém, o hábito de poupar é mais importante do que o valor que se guarda mensalmente, já que com o passar do tempo, essa quantia vai aumentando gradativamente com o efeito dos juros da aplicação, alerta o educador.

42% tiveram de sacar para pagar contas

Entre os que poupam, 42% tiveram de sacar ao menos parte desses recursos em agosto, principalmente para pagar contas do dia a dia (32%), quitas dívidas (30%) e lidar com imprevistos (26%).

66% guardam dinheiro na poupança e 18%, em casa

O levantamento ainda revela que o principal destino do dinheiro poupado pelos brasileiros continua sendo a velha caderneta de poupança, citada por 66% dos entrevistados. Também chama a atenção, diz a pesquisa, o fato de que 21% deixam a quantia parada na conta corrente e 18% guardam dinheiro em casa. Outras modalidades mais sofisticadas como o tesouro direto e CDBs foram citados por 11% e 9%, respectivamente. “A preferência majoritária pela poupança, que tem baixo rendimento, ou por guardar dinheiro na própria casa, por exemplo, demonstra que mesmo entre aqueles que guardam dinheiro, há falta de conhecimento e interesse em buscar aplicações mais rentáveis e adequadas para cada tipo de objetivo financeiro”, explica a economista Marcela Kawauti.

Facilidade para sacar é justificativa para dinheiro na poupança

De acordo com a pesquisa, entre aqueles que optam pela poupança, guardar dinheiro em casa ou na conta corrente, 33% garantem que o fazem pela facilidade de sacar o dinheiro a qualquer momento. Já 21% alegam não ter dinheiro suficiente para investir em outras modalidades e 19% citam a questão do hábito no uso das opções mais tradicionais. Além desses, 16% têm medo de perder o valor aplicado e 11% alegam não ter conhecimento suficiente para investir.

Carteira conservadora

“A carteira de investimentos do poupador brasileiro é bastante conservadora. Para compensar a perda de rentabilidade de modalidades atreladas à taxa Selic ou à taxa DI, que têm rendido pouco atualmente com os juros em patamar baixo, o poupador que quiser obter mais ganhos terá de diversificar suas aplicações. Isso depende de uma análise criteriosa que leva em conta o apetite ao risco do investidor e também do objetivo daquela aplicação”, afirma a economista Marcela Kawauti.

Metodologia inclui 12 capitais

O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo; Rio de Janeiro; Belo Horizonte; Porto Alegre; Curitiba; Recife; Salvador; Fortaleza; Brasília; Goiânia; Manaus; e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

O post Sete em cada 10 consumidores não conseguiram poupar em agosto, mostra pesquisa; apareceu primeiro em Arena do Pavini.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.