Por Julie Ingwersen
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de soja subiram após um pregão agitado nesta quinta-feira, com os traders avaliando as perspectivas ruins de safra na Argentina contra a colheita em expansão da oleaginosa brasileira e aguardando uma nova direção para o mercado, disseram analistas.
O milho teve negociações mistas ao longo do dia e encerrou em baixa, enquanto o trigo também caiu com realizações de lucros.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de soja de março fecharam em alta de 0,75 centavo a 15,2650 dólares por bushel, ficando dentro da faixa de negociação de quarta-feira.
Os contratos futuros de novembro, representando a soja dos EUA que será plantada na primavera, subiram 8,75 centavos para terminar em 13,8375 dólares por bushel.
O milho de março da CBOT caiu 0,25 centavo a 6,76 dólares por bushel, mas manteve-se acima do suporte do gráfico em sua média móvel de 100 dias perto de 6,7350 dólares.
O trigo soft vermelho de inverno de março caiu 4,25 centavos a 7,65 dólares por bushel, após atingir máximas de seis semanas nesta semana.
Na Argentina, as primeiras geadas nos próximos dias podem prejudicar as safras de soja e milho do país, atingidas pela seca, disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
A entidade ainda disse que terá que cortar sua estimativa atual para a safra de soja da Argentina, de 38 milhões de toneladas, devido ao impacto de uma onda de calor na última semana, que se somou aos efeitos de uma seca que já dura meses.
Enquanto isso, a colheita da soja está em andamento no Brasil. A consultoria AgRural reduziu sua previsão da safra de soja do Brasil para 150,9 milhões de toneladas, ante 152,9 milhões anteriormente, mas ainda a maior já registrada, se concretizada.
(Reportagem de Julie Ingwersen em Chicago; Reportagem adicional de Michael Hogan em Hamburgo e Naveen Thukral em Cingapura)