Por Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos abriu caminho nesta segunda-feira para um procurador da cidade de Nova York obter as declarações de imposto de renda e outros registros financeiros de Donald Trump como parte de uma investigação criminal, complicando os esforços do ex-presidente para ocultar detalhes de suas finanças.
Os juízes refutaram o pedido de Trump de suspender um veredicto de 7 de outubro de uma instância inferior que orientou o escritório de contabilidade de longa data do político republicano, o Mazars USA, a obedecer uma intimação que exige a entrega de materiais a um grande júri convocado pelo procurador do distrito de Manhattan Cyrus Vance.
"O trabalho continua", disse Vance em um comunicado emitido após a decisão da corte.
Vance já havia dito em uma carta aos advogados de Trump que seu escritório teria liberdade de fazer cumprir a intimação de imediato se os juízes rejeitassem o pedido do ex-presidente.
Um advogado de Trump não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A Suprema Corte, que tem uma maioria conservadora de 6 a 3 que inclui três indicados de Trump, já havia arbitrado sobre a disputa uma vez em julho, rejeitando o argumento amplo de Trump de que, como presidente no cargo, ele era imune a inquéritos criminais.
À diferença de todos os outros presidentes norte-americanos recentes, Trump se recusou a divulgar suas declarações de imposto durante seus quatro anos na função. Os dados podem fornecer detalhes de sua riqueza e das atividades da empresa imobiliária da família Trump.
(Reportagem adicional de Karen Freifeld)