Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - Depois de se recusar a cooperar com a investigação de impeachment liderada pelo Partido Democrata na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump fará nesta segunda-feira sua primeira defesa detalhada, antes que seu julgamento comece a sério no Senado.
Trump, apenas o quarto de 45 presidentes norte-americanos a enfrentar a possibilidade de ser deposto por um impeachment, precisa cumprir um prazo de meio-dia (horário local, 14h de Brasília) para apresentar sua defesa por escrito. Ele é acusado de abusar dos poderes de seu cargo ao pedir à Ucrânia que investigasse um rival político democrata, Joe Biden, e de obstruir uma investigação do Congresso sobre sua conduta.
"Esta é uma tentativa descarada e ilegal de reverter os resultados das eleições de 2016 e interferir nas eleições de 2020 - agora a apenas alguns meses", argumentaram os advogados de Trump em uma resposta inicial de seis páginas às acusações no sábado.
Autoridades de alto escalão do governo disseram que o documento de segunda-feira oferecerá uma defesa mais detalhada e agressiva ao argumentar que Trump é inocente das acusações e não deve ser retirado do cargo, como exigem os democratas.
Embora seja altamente improvável que o Senado, controlado pelos republicanos, retire Trump do cargo, é importante que o presidente republicano rebaixe as acusações democratas como uma caça às bruxas partidária. Ele precisa limitar o dano político à sua candidatura à reeleição para a eleição de novembro.