Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonou no fim de sábado os planos de sediar a cúpula do G7 de 2020 em seu resort de golfe na Flórida, após democratas e outros políticos apontarem a decisão como evidência de uso inapropriado do cargo para benefício pessoal.
Em uma série de posts no Twitter, Trump disse que deixará de lado o plano anunciado na quinta-feira pelo chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, de sediar a reunião no hotel de golfe Trump National Doral, perto de Miami, entre 10 e 12 de junho. Trump citou o que chamou de "hostilidade histérica e irracional" de democratas e da imprensa ao explicar a decisão de voltar atrás.
"Começaremos a busca por outro local, incluindo a possibilidade do Camp David, imediatamente", escreveu.
O presidente republicano enfrenta críticas e uma série de investigações no Congresso relacionadas às suas finanças e possíveis conflitos de interesse em seus negócios imobiliários, que ele ainda possui, e um procedimento de impeachment por acusações de que ele buscou interesses políticos em sua relação com a Ucrânia.
No sábado, em sua rara decisão de recuar, Trump buscou enfatizar o que ele disse que eram aspectos positivos do hotel para sediar um grande evento.
"Eu achei que estava fazendo algo muito bom pelo nosso país", escreveu no Twitter.