Por Dan Peleschuk
KIEV (Reuters) - Veterano da revolução da Ucrânia de 2014 que agora está combatendo forças russas, Yehor Sobolev conhece tão bem quanto qualquer um o preço da tentativa de uma década de Kiev para se juntar à União Europeia.
Tendo apoiado reformas duras como parlamentar após uma revolta pró-democracia 10 anos atrás, ele afirma que observará orgulhosamente da linha de frente o começo das negociações formais pela adesão, na terça-feira.
“Nós ucranianos sabemos como realizar nossos sonhos”, disse o vice-comandante de uma unidade especial do Exército, de 47 anos.
O começo das conversas, embora amplamente cerimonial, é um passo importante para um país que derramou sangue e avançou com as reformas necessárias em sua busca por adesão à UE.
“A Ucrânia está retornando à Europa, onde pertenceu durante séculos, como um membro pleno da comunidade europeia”, disse o presidente Volodymyr Zelenskiy, nesta sexta-feira.
Kiev apresentou sua solicitação para se juntar à UE dias depois da invasão da Rússia em fevereiro de 2022. Vê a adesão como uma validação de sua luta para abraçar valores europeus.
Agora, enfrentará um longo caminho pelo acesso e precisa reformar uma burocracia ainda cheia de vestígios da era soviética.
A tarefa será mais complicada por causa da guerra com a Rússia, sem um fim à vista, com cidades ucranianas sob constante ameaça de ataques aéreos russos que mataram muitos civis e soldados, forçaram milhões a deixarem suas casas e danificaram infraestrutura crítica e de produção de energia.
(Reportagem de Dan Peleschuk)