BRUXELAS (Reuters) - Governos da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu concordaram nesta sexta-feira com o Orçamento anual da UE para 2021, mas para que ele se torne lei Polônia e Hungria precisarão retirar seu veto à estrutura geral do Orçamento de 2021-2027.
O Orçamento de 2021 para todos os 27 países da UE já foi feito com base em limites de receita e gastos determinados no novo Orçamento de sete anos da UE, que Varsóvia e Budapeste não querem aceitar porque ele condiciona o dinheiro ao respeito do Estado de Direito.
Ambos os países estão sob investigações da UE por prejudicarem a independência de tribunais, da mídia e de organizações não governamentais e correm risco de perder dezenas de bilhões em fundos.
Se o plano de 2021-2027 for vetado, o plano financeiro anual para o próximo não terá base legal.
"O Orçamento para 2021 só pode entrar em vigor quando o bloqueio ao Orçamento geral da UE e ao pacote de resgate for retirado", disse o embaixador alemão na UE, Michael Clauss.
"Sem isso, estamos olhando para um corte drástico no financiamento da UE a partir do início do próximo ano", disse ele, referindo-se à mudança da UE para um sistema de financiamento provisório, usado pela última vez em 1989.
(Reportagem de Jan Strupczewski)