BRUXELAS (Reuters) - A Europa deveria ter um candidato para tornar-se o próximo diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o comissário de Comércio da União Europeia, Phil Hogan, nesta quinta-feira, descrevendo a perspectiva de um futuro diretor europeu como "maravilhosa".
O brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral, sairá do cargo ao fim de agosto, um ano antes do esperado.
"É claro que esperamos ter um candidato europeu", disse o comissário de Comércio da UE, Hogan, ao comitê de comércio do Parlamento Europeu.
"Seria maravilhoso ter um candidato europeu eleito para diretor-geral da OMC em um momento no qual precisamos de uma organização que seja reformada, que se torne mais eficaz e eficiente, para adaptar as legislações às novas realidades do século 21", prosseguiu ele.
Um nome frequentemente citado pelos analistas é o da ministra de Relações Exteriores da Espanha, Arancha Gonzalez Laya, que foi chefe de gabinete do ex-diretor da OMC Pascal Lamy.
Ela disse à Reuters nesta quinta-feira que tem um "prato cheio" no seu posto atual e está "100% dedicada" a servir seu país em circunstâncias difíceis em razão da crise do coronavírus.
"É um processo que mal começou, uma discussão que a UE precisa ter", disse ela.
As indicações podem ser feitas entre 8 de junho a 8 de julho.
(Por Philip Blenkishop. Reportagem adicional de Belen Carreno em Madri)