PEQUIM (Reuters) - Uma importante autoridade chinesa disse a um representante graduado da oposição de Taiwan nesta sexta-feira que tanto o Partido Comunista da China quanto o Kuomintang (KMT) de Taiwan deveriam se opor à independência de Taiwan e à interferência de forças externas.
Wang Huning, o quarto líder na hierarquia do Partido Comunista, afirmou a Andrew Hsia, vice-presidente do oposicionista KMT de Taiwan, durante uma reunião em Pequim, que ambas as partes devem manter a paz no Estreito de Taiwan, informou a televisão estatal chinesa.
A China reivindica a democraticamente governada Taiwan como sua e tem intensificado a pressão militar e diplomática para fazer com que a ilha aceite a soberania chinesa. O governo de Taiwan diz que apenas o povo taiwanês pode decidir seu futuro.
Segundo o KMT, Hsia disse a Wang que não importa quão grandes sejam suas diferenças, desde que os dois lados possam continuar o diálogo e considerar a manutenção da paz no Estreito de Taiwan como um objetivo importante, "não há dificuldades que não possam ser resolvidas".
"Manter a paz e a estabilidade das relações através do estreito e promover o bem-estar do povo de Taiwan e das pessoas de ambos os lados do estreito sempre foi o objetivo político de maior prioridade do KMT", afirmou Hsia, de acordo com o partido.
O Partido Democrático Progressista (DPP), que governa Taiwan, aproveitou a viagem de Hsia à China para atacar o KMT por estar muito perto de Pequim e querer vender Taiwan, e criticou Hsia por ir "cortejar os comunistas".
O KMT tradicionalmente favorece laços estreitos com a China, mas nega veementemente ser pró-Pequim.
(Reportagem da Redação de Pequim)