Money Times - A comercialização de unidade residenciais novas na capital paulista apresentou crescimento de 113% em julho ante o mesmo período de 2018, de acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, elaborada pelo departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Foram 3,2 mil unidades comercializadas contra 1,5 mil de julho do ano passado.
No acumulado do ano, as unidades comercializadas totalizam 22 mil unidades, representando aumento de 62,7% em relação ao mesmo período de 2018 – 13,5 mil. Na comparação entre julho e junho de 2019, por outro lado, houve queda de 48%.
Em termos de lançamento, a cidade de São Paulo apresentou, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), 3,5 mil unidades em julho, crescimento de 25% na análise interanual e queda de 62,1% ante o mês anterior.
“Julho costuma ser influenciado por fatores como férias escolares e, geralmente, apresenta queda sazonal em relação ao mês de junho”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
O sindicato aponta um bom início de segundo semestre no mercado de imóveis. Mesmo assim, Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, alerta para a possibilidade do cenário mudar.
“Este ambiente pode ser prejudicado em breve”, diz o executivo. “Continuamos preocupados com a falta de calibragem na Lei de Zoneamento da cidade de São Paulo. Somente com os necessários ajustes será possível fazer com que o nosso setor contribua ainda mais com a economia, gerando empregos, aumentando a arrecadação de impostos e mantendo o equilíbrio do mercado imobiliário, com a adequada e necessária oferta de imóveis à população”.
Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, acrescenta as frequentes ameaças de desvirtuamento na destinação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que devem ser aplicados em habitação, saneamento e infraestrutura, à lista de preocupações.
Segmento Os imóveis de dois dormitórios foram o destaque do mês de julho em todos os indicadores, apresentando maior volume de vendas (2,4 mil unidades), lançamentos (2,9 mil) e imóveis ofertados (14,6 mil), além do Valor Global de Vendas (VGV) em R$ 714,8 milhões e Venda Sobre Oferta (VSO) em 14,2%.
As unidades com menos de 45 m² de área útil também se destacaram, tendo apresentado 2 mil unidades vendidas, 2,8 mil lançadas e 11,9 mil ofertados. O VSO ficou em 14,5% e o VGV somou R$ 424,5 milhões.
Imóveis de até R$ 240 mil lideraram em vendas (1,8 mil unidades), lançamentos (2,8 mil), oferta final (9,6 mil) e VSO (15,9%).
Oferta A cidade de São Paulo disponibilizou no mês passado pouco mais de 23,1 mil unidades para venda (Money Times) A cidade de São Paulo disponibilizou no mês passado pouco mais de 23,1 mil unidades para venda, crescimento de 0,6% em relação a junho e 26,6% comparado a julho do ano passado.
Minha Casa, Minha Vida Imóveis enquadrados nas condições de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida registraram venda de 1,4 mil unidades e lançamento de 1,8 mil em julho. A oferta totalizou 7,4 mil. O VSO foi de 16,5%.