Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, apresentará na quinta-feira os principais objetivos do governo Biden para a relação econômica entre EUA e China em um discurso em Washington, disse o Tesouro nesta terça-feira, enquanto as tensões entre as duas maiores economias do mundo têm impedido reuniões de alto nível.
Yellen, que disse na semana passada que ainda espera visitar Pequim para se encontrar com seus novos parceiros econômicos chineses, fará seus comentários na Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins, disse o Tesouro norte-americano em comunicado.
O discurso de Yellen detalhará as prioridades econômicas do governo Biden em relação à China, incluindo a segurança nacional dos EUA, a promoção de uma competição "saudável" e a cooperação, sempre que possível, em questões globais como mudança climática, alívio da dívida e estabilidade macroeconômica.
"Durante seus comentários, a secretária Yellen enfatizará que, em sua relação bilateral com a China, os Estados Unidos prosseguem com confiança na duradoura força fundamental de nossa economia", disse o Tesouro, acrescentando que ela discutirá investimentos em infraestrutura, avanços na fabricação de semicondutores e tecnologias de energia limpa.
Uma autoridade do Tesouro disse que o discurso ocorre em um momento oportuno logo após Yellen também ter falado na semana passada com pares na Austrália e Nova Zelândia. Outro público para os comentários é a nova equipe de liderança econômica da China, liderada pelo substituto de Liu, o vice-primeiro-ministro He Lifeng.
Yellen apresentará as prioridades dos EUA para "garantir nossos interesses de segurança nacional e proteger os direitos humanos, incluindo a adoção de ações direcionadas para promover nossos interesses vitais quando necessário", disse o Tesouro.
Ela também enfatizará a necessidade de "competição econômica saudável e mutuamente benéfica, com condições equitativas para trabalhadores e empresas americanas, inclusive trabalhando com nossos aliados para pressionar a China por suas práticas econômicas desleais", acrescentou o órgão.