Por David Lawder e Ann Saphir
SÃO FRANCISCO (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na sexta-feira que concordou com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, em "intensificar a comunicação" sobre questões econômicas, mas advertiu-o a reprimir as empresas chinesas que dão apoio material à Rússia em sua guerra na Ucrânia.
Os dois "tiveram discussões francas, diretas e produtivas" sobre questões que vão desde os controles de exportação dos EUA até possíveis áreas de cooperação, incluindo mudanças climáticas e alívio da dívida para países de baixa renda, disse Yellen em uma coletiva de imprensa após dois dias de reuniões em San Francisco.
Os dois conversaram antes da reunião de líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em San Francisco, de 15 a 17 de novembro, que contará com uma reunião planejada entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping.
Yellen disse que aceitou um convite de He, mencionado pela mídia estatal chinesa como o diretor de um poderoso órgão econômico do Partido Comunista, para retornar à China no próximo ano como parte de uma "cadência regular de contato" entre os líderes econômicos.
Ela enfatizou que os EUA não desejam dissociar sua economia da China, mas querem igualdade de condições para empresas e trabalhadores norte-americanos.
"Durante nossas discussões, concordamos que discussões francas e aprofundadas são importantes, especialmente quando discordamos", disse Yellen. "E enfatizei que o atual cenário global incerto torna particularmente crucial que mantenhamos linhas de comunicação resilientes daqui para frente."
(Reportagem de Eric Beech, David Lawder, Ann Saphir, reportagem adicional de Andrea Shalal e David Ljunggren)