Por David Lawder e Kanishka Singh e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, rejeitou nesta quarta-feira a ideia de um aumento de capital de curto prazo para o Banco Mundial e disse esperar que o indicado dos EUA para liderar a instituição, o ex-presidente-executivo da Mastercard Ajay Banga, seja eleito presidente da instituição financeira multilateral.
Yellen disse aos parlamentares dos EUA desejar que as reformas do Banco Mundial expandam amplamente os empréstimos para combater a mudança climática e outras crises globais, principalmente com a ampliação dos seus recursos, a adoção de políticas financeiras inovadoras e a mobilização do financiamento privado.
"Não estamos solicitando um aumento de capital", disse Yellen durante uma audiência orçamentária de um subcomitê da Câmara dos Deputados dos EUA. "Queremos ver uma melhor mobilização de recursos privados assim como investimentos do Banco Mundial, mas não estamos solicitando um aumento de capital neste momento."
O aumento de capital foi uma das propostas feitas pelo Banco Mundial em janeiro e não seria possível sem o apoio dos EUA, principal acionista do banco. A alternativa foi levantada quando o Banco Mundial revelou um roteiro de evolução para enfrentar o desafio que Yellen estabeleceu no ano passado para expandir sua missão além de empréstimos, para projetos de desenvolvimento específicos de países para enfrentar crises globais.
Aos parlamentares, Yellen disse esperar que Banga, que não tem adversários, seja eleito presidente do Banco Mundial com o encargo de desenvolver a instituição para melhor enfrentar os "desafios do século 21", que incluem clima, pandemias, conflitos e fragilidade.