Investing.com – O último ano foi de forte oscilação no euro, que chegou a cair abaixo do nível de paridade com o dólar, com queda acentuada entre março e setembro e uma recuperação mais robusta a partir de novembro. O fortalecimento da moeda demonstra um dos melhores desempenhos das moedas internacionais nos últimos meses, impulsionado pelos preços mais baixos do gás natural e um diferencial de juros menor, tendo em vista as últimas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) nesta semana. No entanto, há alguns riscos na narrativa favorável ao euro, de acordo com a companhia de inteligência de mercado hEDGEpoint Global Markets.
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O primeiro deles, segundo a hEDGEpoint, é a posição de fundos alavancados, que têm apostado nesta tese. As posições líquidas e futuros em opções estariam no nível mais elevado desde fevereiro do ano passado, o que pode resultar em grandes oscilações de preços se houver uma alteração repentina na visão dos traders.
O segundo ponto é uma possível mudança de postura da autoridade monetária americana, que pode apertar mais as fed funds se for necessário adotar medidas ainda mais restritivas contra a inflação dos Estados Unidos.
O terceiro ponto seria uma ameaça da desindustrialização, levando a balança comercial europeia a maiores déficits, que já estariam a níveis sem precedentes. “A mudança das empresas para onde há energia mais barata pode diminuir permanentemente as receitas da Europa”, completa.