Genebra, 3 set (EFE).- O Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Refugiados (Acnur) se mostrou hoje preocupado com a deportação
"forçada" de iraquianos por Suécia, Noruega, Dinamarca e Reino
Unido, acontecida na quarta-feira, segundo o porta-voz do órgão,
Adrian Edwards.
"Até o momento, não pudemos confirmar os relatórios que apontam
para que também havia três iranianos entre as pessoas que
embarcaram", acrescentou.
Edwards negou alegações de que os países europeus tivessem
aproveitado para realizar estas deportações por causa da recente
retirada das tropas de combate americanas do país, e o fato de que o
Governo iraquiano declarou sua "soberania".
O porta-voz desta agência das Nações Unidas ressaltou que "alguns
dos deportados puderam ser destinados a zonas mais seguras, como a
região do Curdistão".
"Pressionamos os Governos europeus para que proporcionem proteção
aos iraquianos até que a situação em seus lugares de origem lhes
permita um retorno voluntário e seguro", declarou.
O Acnur lembrou que mais de 1,5 milhão de iraquianos permanecem
refugiados fora do Irã, centenas de milhares deles em países
vizinhos como Síria ou Jordânia. EFE