Washington, 9 jun (EFE).- A América Latina e o Caribe lideraram em 2014 o investimento privado em infraestruturas de energia, transporte e água nas economias emergentes, com Brasil, Colômbia e Peru à cabeça, segundo novos dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Mundial.
A região formada pela América Latina e pelo Caribe captou US$ 69,1 bilhões em investimento privado dos US$ 107,5 bilhões investidos em 139 países com níveis de receita baixa e média, valor sustentado principalmente por Brasil, Colômbia e Peru, que levaram 55% do investimento mundial.
"Nossa atualização revelou que os cinco países com mais compromissos de investimento em 2014 foram Brasil, Turquia, Peru, Colômbia e Índia", disse Clive Harris, gerente de área de Alianças Público-Privadas do Grupo do Banco Mundial.
"Juntos, estes cinco países atraíram US$ 78 bilhões, o que representou 73% dos compromissos de investimento no mundo em desenvolvimento em 2014".
O Banco Mundial destacou que a grande participação brasileira é "a continuidade de uma tendência mais recente", já que o Brasil captou 24% do investimento mundial em 2013 e 42% em 2012.
Por sua vez, o Peru concluiu em 2014 11 operações que somaram US$ 8,1 bilhões, oito delas energéticas, enquanto a maior - a linha 2 do metrô de Lima, por US$ 5,3 bilhões - foi no setor do transporte.
A linha de metrô terá 35 quilômetros e conectará Lima a Callao, e incluirá o aeroporto internacional.
O aumento dos investimentos em infraestruturas de energia, transporte e água na América Latina e no Caribe contrastou com a diminuição da captação de capital privado para estes fins na China e na Índia.
Os compromissos de investimento na China em 2014 foram de US$ 2,5 bilhões, seu nível mais baixo desde 2010, e na Índia também caíram, para US$ 6,2 bilhões.
Por regiões, após América Latina e o Caribe se situaram nesta ordem Europa e Ásia Central, Ásia oriental e Pacífico, Ásia meridional, o Oriente Médio e África setentrional, e África Subsaariana.
Os números pertencem à base de dados "Participação Privada em Infraestrutura", divulgada hoje pelo Grupo do Banco Mundial.