Berlim, 20 jan (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel,
justificou hoje perante o Parlamento o déficit recorde previsto para
2010, que superará os 85 bilhões de euros e ficará em torno de 5% do
PIB, e disse que era inevitável para enfrentar os efeitos da crise
econômica internacional.
"Queríamos enfrentar outra situação, mas somos obrigados a
encarar a realidade", disse Merkel durante o debate sobre os
orçamentos públicos no Parlamento.
A líder disse que um déficit menor teria gerado cortes que seriam
uma resposta errada à crise econômica. A chanceler considerou que,
embora se espere que este ano o país volte a crescer, os efeitos da
crise serão sentidos até 2013.
Merkel defendeu reduções tributárias que entraram em vigor no
último dia 1º de janeiro como uma ferramenta necessária para
impulsionar a economia, graças ao alívio que foi dado às pequenas e
médias empresas e às famílias.
O plano de orçamentos públicos de 2010 do ministro das Finanças,
Wolfgang Schäuble, prevê um déficit de 86 bilhões de euros, o maior
da história da República Federal da Alemanha.
O número não inclui dívidas relacionadas com o segundo pacote de
apoio à conjuntura e fundo de resgate para os bancos ameaçados pela
crise financeira, que pode chegar aos 100 bilhões de euros. EFE