MAIDUGURI, Nigéria (Reuters) - Insurgentes islâmicos nigerianos do Boko Haram aumentaram seus ataques contra civis nesta semana no Estado de Borno, reduto do grupo no nordeste da Nigéria, matando mais de 150 pessoas em atentados e ações de homens-bomba.
Homens armados mataram quase 50 pessoas a tiros num vilarejo na terça-feira, reuniram e assassinaram cerca de 100 em Kukawa na quarta-feira e tiraram a vida de outras 12 pessoas num ataque na madrugada desta sexta-feira em outro local. Dois homens-bomba também mataram pelo menos 10 pessoas junto a uma estrada na quinta-feira.
O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que prometeu acabar com o Boko Haram quando tomou posse em 29 de maio, disse que a matança na cidade de Kukawa foi "uma atrocidade hedionda que deve ser condenada sem ressalvas por todas as pessoas de consciência".
"Os ataques que mataram cerca de 150 pessoas em dois vilarejos no Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, e alvejaram fiéis muçulmanos durante o mês sagrado do Ramadã são outra tentativa de desestabilizar o país e a região", declarou a chefe de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, em comunicado.
"A UE está ao lado do povo e das autoridades nigerianas em nossa luta comum contra o terrorismo."
Milhares de pessoas foram mortas e cerca de 1,5 milhão foram deslocadas durante os seis anos de insurgência do Boko Haram para criar um califado islâmico no nordeste do maior produtor de petróleo da África.
(Por Lanre Ola)