LONDRES (Reuters) - O governo da Escócia disse neste domingo que pretende proibir a produção de safras geneticamente modificadas (GM) em seu território para proteger sua "marca limpa e verde" e porque há poucas evidências de que os consumidores escoceses querem produtos GM.
Largamente produzidas nas Américas e na Ásia, as safras GM dividem opiniões na Europa, com alguns grupos se dizendo preocupados com seu impacto ambiental. Eles também questionam se essas produções são saudáveis para humanos. Segundo os produtores, pesquisas mostram que as safras são seguras.
Richard Lochhead, ministro do governo escocês para assuntos rurais, alimentares e do ambiente, disse neste domingo que pretende tirar vantagem de novas regras da União Europeia, que permitem que países escolham não produzir safras geneticamente modificadas autorizadas no bloco.
"A Escócia é conhecida em todo o mundo por nosso lindo ambiente natural - e proibir produções geneticamente modificadas protegerá e melhorará nosso status limpo e verde", disse Lochhead em comunicado.
"Não há evidências de uma demanda significativa por produtos GM pelos consumidores escoceses e eu estou preocupado de que permitir a produção de safras GM na Escócia prejudique nossa marca verde e limpa, jogando portanto com o futuro de nosso setor de alimentos e bebidas de 22 bilhões de dólares."
Lochhead, membro do Partido Nacional Escocês, disse ter informado o governo britânico, em relação ao qual a Escócia possui um elevado grau de autonomia, da decisão política.
(Reportagem de Andrew Osborn)