(Reuters) - O Wal-Mart Stores, maior varejista do mundo, disse na terça-feira que as margens menores de seu negócio de drogarias transformou-se em um peso para os lucros, uma vez que recebe cada vez menos de planos de saúde enquanto menos clientes pagam em dinheiro desde que o programa Obamacare aumentou o número de segurados nos Estados Unidos.
A companhia alertou que as margens pressionadas podem continuar durante o resto do ano, embora um porta-voz tenha dito à Reuters que o negócio de drogarias é rentável e que o Wal-Mart não planeja vendê-lo ou encontrar parceiros para compartilhar os riscos.
A divulgação vem com os varejistas pesando as vantagens de operar drogarias próprias. Em junho, a Target, concorrente do Wal-Mart, fechou acordo para vender sua divisão deficitária de farmácias para a CVS Health em uma operação que fará a CVS operar farmácias em 1.600 lojas da Target.
"Nós sentimos que a decisão que tomamos de operar nossas próprias farmácias foi certa para nosso negócio e acionistas", disse o porta-voz Randy Hargrove na terça-feira.
O Wal-Mart disse que suas margens vêm sendo pressionadas por dois fatores: taxas de reembolso reduzidas dos operadores de benefícios farmacêuticos, que administram planos de remédios para funcionários e segurados, como também por uma queda nas transações de margens altas em dinheiro.
A companhia diminuiu sua previsão de lucro por ação do ano para a faixa de 4,40 a 4,70 dólares, ante 4,70 a 5,05 dólares por ação anteriormente previstos. A nova previsão inclui um impacto de 0,11 dólar das margens mais baixas das farmácias e outros "fatores desfavoráveis não previstos" como o aumento dos roubos às lojas.
(Por Nathan Layne)