Rio de Janeiro, 15 set (EFE).- O volume de vendas dos
comerciantes brasileiros cresceu 5,9% em julho em relação ao mesmo
mês do ano passado, na maior expansão desde abril (7,1%), informou
hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Na comparação com junho, as vendas dos comerciantes no varejo
brasileiros cresceram 0,5%, o que representa três meses seguidos de
aceleração em relação ao mês imediatamente anterior, aponta o IBGE.
O bom desempenho de julho permitiu que as vendas do comércio
acumulassem um crescimento de 4,7% em volume nos sete primeiros
meses do ano em relação ao mesmo período de 2008.
A expansão anualizada das vendas subiu para 5,8% entre agosto de
2007 e julho de 2008.
Segundo os dados divulgados na sexta-feira pelo próprio IBGE, a
expansão do consumo foi um dos principais fatores responsáveis pelo
crescimento de 1,9% que a economia brasileira registrou no segundo
trimestre do ano em relação ao primeiro.
Com isto, o país conseguiu sair da recessão técnica na qual se
encontrava após acumular dois trimestres consecutivos de crescimento
negativo.
De acordo com o IBGE, seis dos oito setores comerciais analisados
registraram crescimento das vendas em volume em julho em relação ao
mesmo mês do ano passado.
A expansão foi liderada pelas vendas de alimentos e bebidas, que
aumentaram 10,1% frente a julho do ano passado e voltaram a mostrar
a força do consumo doméstico brasileiro.
"Este resultado, acima da média, se justifica pelo aumento de
poder de compra da população" decorrente do crescimento da renda dos
trabalhadores (4,1% sobre julho de 2008) "e pela estabilidade dos
preços dos alimentos", diz o IBGE.
Também cresceram as vendas de artigos farmacêuticos e médicos
(13,4%), as de artigos de uso pessoal e doméstico (7,9%), as de
equipamentos e materiais para escritório e informática (9,6%) e as
de jornais e revistas (12,1%).
Em contrapartida, as vendas de automóveis, motocicletas e peças
para veículos, ainda afetadas pela crise econômica global,
registraram queda de 4,9% em julho frente ao mesmo mês do ano
passado. EFE