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Institutos econômicos europeus consideram que crise mundial está superada

Publicado 15.10.2009, 10:04

Berlim, 15 out (EFE).- Os oito institutos econômicos que assessoram o Governo alemão consideram superada a maior recessão econômica desde a Segunda Guerra Mundial e afirmam que existem muitos indícios que apontam para o início de uma recuperação conjuntural em nível global.

Em seu relatório apresentado hoje em Berlim, os analistas dos institutos destacam que a situação nos mercados financeiros melhorou apreciavelmente e que todos os indicadores apontam para isso.

"As encomendas aumentam e a produção aumenta. O comércio mundial, em retrocesso até a primavera (no hemisfério norte), aumentou claramente desde o meio do ano. Em uma série de países emergentes, sobretudo na Ásia, a produção já apontava para uma melhora no segundo trimestre", destaca o estudo.

Os institutos - cinco alemães, dois austríacos e um suíço - calculam que a produção mundial se contrairá 2,5% este ano de forma global, mas que voltará a crescer a uma taxa de 2% em 2010.

Estimam ainda que o comércio mundial cairá este ano de maneira drástica, para 10,5%, mas voltará a crescer 5,5% em 2010.

Os institutos ressaltam que as nações emergentes serão o motor para a retomada da economia mundial e calculam que os países industrializados aumentarão sua produção no ano que vem em 1%, após retroceder 3,5% em 2009.

No entanto, advertem que a experiência de outras fases de fraqueza econômica demonstrou que as recessões ligadas a crises bancárias e imobiliárias são superadas lentamente. Por isso, preveem que a "dinâmica conjuntural no ano que vem seja medíocre em nível mundial", sobretudo levando em conta que "os problemas do sistema financeiro mundial ainda não foram superados".

Segundo os institutos, a Alemanha registrará um crescimento econômico de 1,2% no ano que vem, após sofrer este ano uma contração de 5% em seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo o relatório apresentado hoje ao Governo alemão.

O estudo foi elaborado por institutos de estudos econômicos da Universidade de Munique; da Fundação Hans Böckler, em Düsseldorf; das cidades de Zurique e de Viena, entre outros. EFE

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