(Reuters) - A diversidade dos indicados ao Oscar –ou sua falta– se tornou motivo de polêmica antes da cerimônia deste ano, mas 44 por cento dos norte-americanos não apoiam a ideia de um boicote à maior noite da indústria cinematográfica, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ispsos.
Mas isso não significa que eles estejam satisfeitos com a maneira como Hollywood retrata as pessoas negras, ou que seus estúdios façam filmes suficientes com apelo às minorias, mostrou o levantamento.
As revelações vem a público um mês depois da revolta causada pela omissão de negros entre os 20 indicados nas categorias de atores e atrizes principais e coadjuvantes pelo segundo ano consecutivo, e pela ausência de "Straight Outta Compton", aclamada produção sobre o movimento hip-hop, na briga pelo prêmio de melhor filme.
As omissões levaram os diretores Spike Lee e Michael Moore, assim como os atores Will Smith e Jada Pinkett Smith, a dizer que ficarão em casa na noite de 28 de fevereiro, data da premiação, como forma de protesto.
A sondagem Reuters/Ispsos transcorreu entre os dias 8 e 16 de fevereiro e tem uma margem de erro de mais ou menos 2,3 pontos percentuais.
A pesquisa foi realizada cerca de três semanas depois de a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, cujos membros são majoritariamente homens e brancos e que escolhe os Oscars, anunciar que irá duplicar a quantidade de mulheres e integrantes de minorias em suas fileiras nos próximos quatro anos.