Paris, 16 nov (EFE).- Dez dias foi o tempo que durou a fuga de
Toni Musulin, funcionário de uma companhia de transporte de
mercadorias de valor, que desapareceu em Lyon no dia 5 de novembro
com o furgão blindado que dirigia, que continha 11 milhões de euros,
e que se entregou hoje.
A forte pressão policial, que o buscava por toda Europa,
finalmente obrigou Musulin, que trabalhava há dez anos na sociedade
de transporte de segurança Loomis, a entregar-se em uma delegacia de
Polícia de Mônaco, informou a imprensa local.
A maior parte do valor - mais de 9 milhões de euros - tinha sido
encontrada pela Polícia de Lyon na semana passada, em uma garagem
alugada pelo suposto ladrão, nos arredores do local onde tinha sido
abandonado o furgão vazio.
A pedido da França, a Interpol lançou um "aviso azul" a seus 185
países-membros, para solicitar a transmissão de informações sobre a
identidade e as atividades do foragido.
Os investigadores franceses consideram, entre outras pistas, sua
possível fuga com o dinheiro para algum país do leste europeu,
devido à origem servo-croata de Musulin.
O Governo de Mônaco decidiu entregá-lo imediatamente à Polícia
Judicial de Nice, em um estabelecimento situado na fronteira entre
ambos os países.
O furgão blindado com o dinheiro a bordo parou na manhã de 5 de
novembro em Lyon para abastecer perto das 10h locais e, quando os
outros dois funcionários retornaram, Musulin tinha desaparecido.
Duas horas depois do desaparecimento, o veículo vazio foi
encontrado nos arredores de Lyon, não muito longe de onde dois dias
mais tarde a maior parte do valor foi encontrada em dez sacos.
Pelo crime de roubo sem uso de violência, Musulin, de 39 anos,
poderia ser condenado a três anos de prisão. EFE