(Corrige título, primeiro e quarto parágrafos)
Quito, 25 jun (EFE).- A saída do Reino Unido da União Europeia "Brexit" frustrou a intenção do governo do Equador de colocar na próxima semana bônus nos mercados internacionais, em uma emissão que já estava programada como financiamento do orçamento, para pagar várias dívidas, informou o presidente do país, Rafael Correa.
Embora não precisou o montante da emissão, Correa, em seu habitual relatório de rádio e televisão de sábados, justificou a medida após a apreciação do dólar e desvalorização do euro registrada após a saída do Reino Unido da Europa, decidida em referendo na quinta-feira.
"Com a vitória dos eurocéticos e a saída de Grã-Bretanha (Reino Unido) da Europa, dólar teve um alta ou o euro caiu", o que gerou uma queda do preço do petróleo "e os mercados mostram uma grande instabilidade", resenhou o líder.
Por isso, disse, "íamos fazer uma emissão na próxima semana, uma emissão que estava programada para o financiamento do orçamento, isso é colocar bônus nos mercados internacionais para poder pagar uma série de dívidas que acumulamos por todas as dificuldades que enfrentamos".
O líder lamentou que a operação tenha sido suspensa e que quando já havia sinais de recuperação do preço do petróleo, o principal produto de exportação do país, e "o dólar tinha caído um pouquinho" (Equador adotou essa divisa em 2000), fatores que beneficiavam a economia nacional, surgiu "outra má notícia" com a decisão do Reino Unido.
No entanto, convocou seus compatriotas a manter o otimismo, pois garantiu que os equatorianos vão "seguir adiante".
"São tempos difíceis mas, assim são os desafios", acrescentou Correa ao precisar que a busca por financiamento, entre outras coisas, pretende cobrir cerca de US$ 35 milhões requeridos para a conclusão do bonde na cidade andina de Cuenca.