Roma, 25 jan (EFE).- O executivo-chefe da montadora Fiat, Sergio
Marchionne, disse hoje durante uma teleconferência após a divulgação
dos resultados da companhia em 2009 que a empresa está "otimista
sobre o mercado brasileiro".
Marchionne afirmou, no entanto, que seria mais prudente em suas
previsões para a Europa diante da incerteza sobre a renovação dos
incentivos públicos ao setor automotivo.
Segundo o executivo-chefe da Fiat, 2009 foi um ano "incrivelmente
difícil" para todas as montadoras - no ano passado, a empresa
italiana registrou perdas de 848 milhões de euros.
Marchionne disse esperar que a Fiat volte a ter lucro em 2010, um
ano de transição e estabilização, depois de o grupo ter feito "tudo
o que era necessário" para enfrentar a crise econômica mundial em
2009.
Antes das perdas do ano passado, a Fiat teve lucro de 1,721
bilhão de euros em 2008. Além disso, suas receitas em 2009 somaram
50,102 bilhões de euros, 15,9% a menos do que os 59,564 bilhões de
euros do ano anterior.
Segundo a montadora, estes dados mostram que o mercado
automobilístico sentiu "significativamente" os efeitos do
arrefecimento econômico global.
"Não acho que as pessoas tenham entendido os níveis de devastação
da economia vistos em 2009", declarou o executivo-chefe da Fiat ao
afirmar que a empresa conseguiu, dentro do possível, encarar a
crise, reduzindo seu endividamento líquido industrial de 5,949
bilhões de euro no final de 2008 para 4,418 bilhões de euros no
último dia 31.
Sobre a americana Chrysler, da qual também é executivo-chefe,
Marchionne informou que os objetivos para a companhia anunciados em
novembro passado continuam de pé. EFE