Por Richard Cowan e Luciana Lopez
WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O senador norte-americano Tim (SA:TIMP3) Kaine é amplamente visto como uma escolha segura para compor a chapa presidencial da provável candidata democrata Hillary Clinton, e este pode ser seu maior problema.
Com um currículo que inclui um período como missionário em Honduras antes de se tornar um advogado de direitos civis, Kaine poderia preencher uma série de requisitos na lista de exigências para um candidato a vice-presidente de Hillary.
Fluente em espanhol, ele poderia capitalizar os esforços da ex-primeira-dama para atrair eleitores latinos. Kaine também é afável, inteirado sobre política externa e tem experiência executiva por ter sido governador da Virgínia e prefeito de Richmond, a capital do Estado.
Sendo nativo da Virgínia, Kaine poderia auxiliar Hillary a conquistar um território difícil na eleição de 8 de novembro contra o provável candidato presidencial republicano Donald Trump.
Ele é uma escolha segura e óbvia, de acordo com muitos democratas do Congresso. E, embora a campanha de Hillary esteja mantendo o processo de seleção do vice em sigilo, muitos correligionários em Washington veem Kaine como o favorito para a vaga.
Mas em um ano no qual os manuais de política tradicional estão sendo descartados, alguns parlamentares democratas e integrantes de grupos minoritários querem que Hillary faça uma escolha menos previsível para sua campanha já histórica como primeira mulher indicada como candidata presidencial de um grande partido.
A senadora Elizabeth Warren, crítica ferrenha de Wall Street, e Julian Castro, um latino que ocupa o cargo de secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos, estão entre duas figuras populares mencionadas por partidários que querem que a ex-senadora de Nova York seja ousada em sua escolha para vice.
Enquanto se aproxima de uma decisão final antes da convenção democrata na Filadélfia entre 25 e 28 de julho, Hillary fará campanha nesta quinta-feira com Kaine – os dois irão fazer um comício na Virgínia Ocidental.
Além de Warren e Castro, o secretário do Trabalho, Tom Perez, o congressista californiano Xavier Becerra, o senador de Ohio Sherrod Brown e, mais recentemente, o almirante aposentado da Marinha James Stavridis vêm sendo mencionados como possibilidades.
(Reportagem adicional de Patricia Zengerle e Amanda Becker em Washington)