Madri, 12 mai (EFE).- A Repsol YPF ganhou 765 milhões de euros (US$ 1,09 bilhão) no primeiro trimestre de 2011, o que significa 11,2% mais que no mesmo período de 2010, graças a melhoria dos preços de venda de petróleo e gás, informou nesta quinta-feira a companhia petrolífera espanhola.
A produção, no entanto, caiu 7,4% no período pelo conflito na Líbia, assim como pela moratória nos Estados Unidos após o vazamento do Golfo do México e os trabalhos de manutenção em Trinidad e Tobago.
Também influenciou o crescimento dos negócios de gás natural liquefeito (GNL) e o químico, detalhou a companhia presidida por Antonio Brufau em comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o regulador da bolsa espanhola.
O resultado de exploração aumentou no primeiro trimestre 4,7%, para os 1,611 bilhão de euros, enquanto o Ebitda foi de 2,518 bilhões de euros.
Por negócios, o resultado de exploração de "upstream" (prospecção e produção) aumentou 13,4%, em 490 milhões de euros, apesar da queda da produção (7,4% para 324.348 barris equivalentes de petróleo).
No negócio de gás natural liquefeito, o resultado de exploração triplicou, para os 115 milhões de euros; enquanto em "downstream" (refino, marketing, GLP, química e outros) o resultado cresceu 14,1%, para os 445 milhões de euros.
Frente as melhorias, a companhia petrolífera reflete em suas contas descensos nos resultados de exploração de suas subsidiárias: a argentina YPF e Gás Natural.
Na YPF, o primeiro trimestre fechou com resultado de exploração de 383 milhões de euros, 6,8% menos, pela queda da produção e o aumento dos custos.
Repsol destaca que, durante os últimos meses, avançou em sua estratégia de retirar o capital investido parcial de sua subsidiária argentina YPF, com o objetivo de situar seu peso em 51%.
A companhia petrolífera deve, se as condições de mercado assim permitirem, colocar entre investidores minoritários argentinos até 3% do capital de YPF.
Com relação a Gás Natural Fenosa, o resultado de exploração caiu 3,5%, após os desinvestimentos feitos pelo grupo.
A dívida financeira líquida da Repsol, excluindo Gás Natural Fenosa, ficou em 2,180 bilhões de euros no final do trimestre.
Os investimentos no período subiram para 1,107 bilhões de euros, 43% mais que no mesmo período do ano anterior. EFE