Nova York, 30 set (EFE).- Os proprietários do índice Dow Jones Industrial e do Standard & Poor's 500 (S&P 500) estão negociando um acordo para unir os dois indicadores de Wall Street, que estão entre os mais seguidos de todo o mundo, segundo publicou nesta sexta-feira o jornal "The Wall Street Journal".
De acordo com fontes anônimas citadas pela publicação, McGraw-Hill, grupo proprietário de Standard & Poor's, e o CME, proprietário de 90% do índice Dow Jones, se encontram em negociações avançadas para realizar uma sociedade conjunta ou joint venture, com a combinação dos reconhecidos indicadores das bolsas de valores.
De acordo com o "The Wall Street Journal", o objetivo da união desses dois índices seria conseguir "uma maior influência sobre os investidores e mercados de valores de todo o mundo". O jornal detalha que as conversas sobre este acordo começaram há mais de um ano, por isso poderiam não se materializar.
Se chegar a um pacto, a sociedade conjunta que nasceria da fusão seria administrada por McGraw-Hill, que ficaria com uma participação majoritária, enquanto a CME ficaria com cerca de 25%.
Dow Jones & Co., uma unidade do gigante da comunicação News Corporation, da mesma forma que o "The Wall Street Journal", vendeu em fevereiro de 2010 90% do índice Dow Jones Industrial ao grupo CME por US$ 607,5 milhões, por isso só controla atualmente 10% do indicador e receberia uma participação minoritária da sociedade conjunta.
O Dow Jones Industrial mede a evolução de 30 das maiores empresas cotadas em Wall Street, enquanto o S&P 500 reúne 500, e junto com o índice composto do mercado Nasdaq são os principais índices do pregão nova-iorquino.
De acordo com o jornal, a fusão entre eles permitiria à nova entidade oferecer um pacote mais amplo de dados a clientes como fundos de alto risco, ou publicações de informação financeira.
Em setembro, o conglomerado McGraw-Hill anunciou que se dividirá em duas companhias diferentes, McGraw-Hill Markets, centrada em mercados financeiros, e McGraw-Hill Education, especializada em serviços educativos. EFE