Rio de Janeiro, 21 mai (EFE).- A agência de classificação de risco Standard & Poor's outorgou ao Rio de Janeiro a nota de investimento BBB, a mesma do Brasil, informou nesta segunda-feira o prefeito da cidade, Eduardo Paes.
Esta nota, considerada de grau de investimento, é a máxima que uma cidade brasileira pode receber, já que não pode superar à da própria União.
"A cidade do Rio de Janeiro diminuiu significativamente o volume de sua dívida, melhorando também sua estrutura, e fortaleceu sua posição de caixa", assinalou a agência em comunicado.
Além da nota BBB em escala global, a Standard & Poor's deu rating de crédito AAA ao Rio de Janeiro na escala nacional.
"A perspectiva estável dos ratings reflete nossa expectativa que a cidade manterá seu sólido desempenho fiscal, níveis de dívida moderados e forte posição de caixa, apesar das crescentes necessidades de desenvolvimento de sua infraestrutura", acrescentou a agência.
Paes disse que a qualificação demonstra "a enorme responsabilidade na gestão das contas públicas" realizada pela Prefeitura, apesar dos grandes investimentos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
"A situação é muito confortável, inclusive olhando para os próximos anos e para a responsabilidade que Rio tem", afirmou Paes aos jornalistas.
O prefeito, que fez o anúncio no ato de abertura do fórum de investimentos Rio Investor's Day, afirmou que a cidade "acredita no investidor privado" e está gerando um ambiente "cada vez mais favorável".
Paes insistiu que as obras em andamento pretendem "transformar" a cidade e contemplam a construção de novas estradas, corredores de ônibus, linhas de metrô e grandes projetos de saneamento.
Segundo a Standard & Poor's, "as sólidas perspectivas econômicas do Brasil continuarão dando suporte ao desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro em médio prazo".
"Apesar das crescentes incertezas no ambiente econômico global, esperamos que o PIB do Brasil e o da cidade cresçam a taxas moderadas de 3% em 2012 e de 4% em 2013", salientou o texto.
Do fórum de investidores, realizado hoje e amanhã, participam 60 empresas de capital aberto de setores como bancos, petróleo, mineração, energia e telecomunicações, e cerca de 600 investidores, 70 deles estrangeiros. EFE