Berlim, 9 jun (EFE).- O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, reivindicou uma rápida e urgente solução para a crise dos bancos na Espanha, mas sublinhou que a situação nesse país não é comparável à da Grécia.
"A solução deve produzir-se rapidamente", exigiu Juncker em declarações à emissora pública alemã "Deutschlandradio Kultur", nas quais ressaltou que o problema espanhol é puramente bancário, enquanto o da Grécia é muito mais amplo.
Por sua vez, o titular das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, insistiu que a Espanha tem autonomia para decidir se deve ou não usar os fundos de resgate europeus para resolver sua crise bancária.
Em declarações ao rotativo "Ruhr Nachrichten", Schäuble comentou que a necessidade de capital para os bancos espanhóis pela bolha imobiliária foi causada depois de a Espanha ter "endurecido as regras sobre o capital próprio dos bancos para enfrentar melhor a crise".
"Agora se está averiguando de quanto é a necessidade de capital. O Governo espanhol deverá decidir então se pode conseguir esse dinheiro nos mercados ou se aposta no instrumento específico para recapitalização bancária dos fundos do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) que estão à disposição", explica o ministro alemão.
"É assunto da Espanha decidir qual o correto", afirma taxativamente Schäuble, enquanto seu companheiro de gabinete e titular da Economia, Philipp Rösler, encoraja o Governo espanhol a solicitar a ajuda do fundo europeu.
"Se a Espanha necessita de ajuda para a estabilização bancária, deveria solicitá-la rapidamente ao FEEF, já que os instrumentos estão aí para isso", declarou Rösler ao diário "Rhinischen Post". EFE