Por Katya Golubkova e Dmitry Zhdannikov e Rania El Gamal
SÃO PETERSBURGO/DUBAI (Reuters) - A Arábia Saudita e a Rússia estão discutindo aumentar a produção de petróleo da Opep e aliados em cerca de 1 milhão de barris por dia, disseram fontes, enquanto o chefe do cartel afirmou que uma queixa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou a ideia de elevar a oferta.
Riad e Moscou estão preparados para aliviar os cortes na produção para acalmar as preocupações dos consumidores quanto à oferta, disseram seus ministros da energia na sexta-feira, com Khalid al-Falih acrescentando que qualquer afrouxamento seria gradual para não abalar o mercado.
O aumento de produção viria após 17 meses de cortes rigorosos na oferta, em meio a preocupações de que um rali dos preços tenha ido longe demais, com o petróleo tendo atingido seu maior nível desde o final de 2014, a 80,50 dólares por barril neste mês.
A Opep iniciou uma discussão sobre a redução dos cortes na produção após críticas de Trump no Twitter, disse o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo. Trump escreveu na rede social no mês passado que a Opep havia "artificialmente" impulsionado os preços do petróleo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados liderados pela Rússia concordaram em reduzir a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia até 2018, para reduzir os estoques mundiais, mas o cartel já perto de sua meta.
Fontes familiarizadas com o assunto disseram que um aumento de 1 milhão de barris por dia levaria o cumprimento das restrições de fornecimento acordadas a 100 por cento, ante cerca de 152 por cento em abril.
(Reportagem adicional de Olesya Astakhova, Alex Lawler e Katie Paul)