LONDRES (Reuters) - Um homem britânico foi declarado culpado nesta quarta-feira por tramar o assassinato da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, primeiro detonando um artefato explosivo para invadir seu escritório em Downing Street e depois usando uma faca ou arma de fogo para atacá-la.
Naa'imur Rahman, morador de 20 anos do norte de Londres, foi condenado no tribunal de Old Bailey por se preparar para cometer atos de terrorismo.
Rahman planejava acionar um artefato explosivo improvisado nos portões de Downing Street, obter acesso ao escritório de May durante o tumulto resultante e matá-la, segundo a polícia.
O número 10 de Downing Street é a residência oficial e o escritório dos primeiros-ministros britânicos. O imóvel é fortemente protegido e existe um portão no final da rua de onde membros do público e turistas se reúnem para ter um vislumbre do local.
"Estamos falando de um indivíduo que teria matado, ferido e mutilado várias pessoas, inclusive policiais e membros do público", disse Dean Haydon, chefe do Comando de Contraterrorismo da Polícia Metropolitana.
O complô contra Downing Street foi frustrado porque Rahman acreditou estar se correspondendo pela internet com membros do grupo militante Estado Islâmico enquanto planejava o suposto ataque quando na verdade conversava com agentes infiltrados da Polícia Federal norte-americana e do serviço de segurança britânico MI5.
Rahman foi preso em novembro, pouco depois de se encontrar com agentes infiltrados que se passavam por integrantes do Estado Islâmico e coletar dois artefatos explosivos falsos.