BAGDÁ (Reuters) - Homens armados vestindo uniformes do exército que capturaram uma autoridade local de alto escalão e proeminente membro de um partido islâmico sunita em sua casa em Bagdá na noite de sexta-feira já o libertaram, disse uma autoridade neste sábado.
Os homens armados foram à residência de Riyadh al-Adhdah, que chefia o Conselho Provincial de Bagdá e pertence ao Partido Islâmico do Iraque, e o sequestraram.
Adhdah declarou à rede de televisão Alhurra-Iraq que foi detido por uma gangue organizada e que Sheikh Qais al-Khazali, líder da milícia xiita Asaib Ahl al-Haq, descobriu seu paradeiro e ajudou na sua libertação.
O porta-voz militar do primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, não estava disponível de imediato para comentar o incidente.
Adhdah já foi acusado de terrorismo, mas inocentado por falta de provas. Há tempos políticos sunitas acusam as forças de segurança de Maliki de realizarem verdadeira caça às bruxas tentando lhes atribuir falsas acusações de terrorismo.
O avanço de militantes sunitas pelo norte iraquiano aprofundou as tensões sectárias e despertou temores de que a capital não enfrente somente uma violenta cisão, mas também a volta dos sequestros e assassinatos da guera civil de 2006-2007.
Como sinal do colapso da segurança em Bagdá e nos arredores, 15 pessoas, incluindo uma família xiita inteira, foram encontradas mortas a tiros ou decapitadas, de acordo com fontes policiais e médicas.
As tensões entre sunitas e xiitas se tornam cada dia mais intensas no Iraque, ameaçando fragmentar o país.
Atiradores decapitaram uma família xiita de cinco pessoas em sua casa na cidade de Taji. Forças de segurança recuperaram os corpos de seis homens com calças militares que haviam sido algemados e mortos com tiros na cabeça na mesma localidade.
No leste de Bagdá, as forças de segurança encontraram os cadáveres de quatro homens anteriormente algemados, vendados e mortos de forma semelhante à de execuções, informaram fontes de segurança.