Sydney (Austrália), 16 fev (EFE).- Um australiano viciado em
jogos de azar que há quatro anos perdeu mais de US$ 1 milhão em um
cassino das Bahamas durante sua lua-de-mel terá que pagar sua
dívida, depois que a justiça desqualificou hoje seu recurso,
alegando ser dependente das apostas.
A Corte Suprema do estado australiano de Victoria decidiu que o
Paradise Island Cassino de Nassau, capital das Bahamas, não se
aproveitou da doença de Harry Kakavas, que esperava, com a alegação,
evitar o pagamento da dívida que contraiu junto à direção do
estabelecimento para seguir apostando.
Há dois meses, um juiz de Melbourne rejeitou a acusação
apresentada por Kakavas contra o Crown Cassino, com sede na cidade,
por explorar sua dependência e fazer com que ele perdesse 2 milhões
de dólares australianos (US$ 1,5 milhão) em apenas 43 minutos e
ordenou que o viciado fizesse o pagamento.
Kakavas, um promotor imobiliário de 42 anos, pedia uma
indenização de US$ 30 milhões, pois afirmava que a direção do
cassino conhecia sua dependência e mesmo assim lhe deixou jogar,
inclusive dando a ele US$ 50 mil a cada visita ao cassino para
começar a apostar.
Além disso, o gerente pôs à sua disposição um jato privado para
que viajasse para Melbourne, saindo de Sydney, cidade onde vive,
onde tem acesso vetado a qualquer estabelecimento de jogos de azar
há quase uma década. EFE