Pequim, 28 dez (EFE).- O Banco do Povo da China (PBOC) planeja continuar com suas medidas macroeconômicas restritivas para o próximo ano, entre as que incluem novas altas das taxas de juros no primeiro semestre de 2011.
Assim explicou Li Daokui, assessor do organismo chinês, em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal econômico "21st Century Business Herald".
"As altas de juros são muito necessárias atualmente e continuarão sendo na primeira metade do próximo ano. Não só a taxa de depósito precisa de ajuste, mas também a taxa de empréstimo e o rateio de reservas bancárias. A política monetária inteira necessita se ajustar", disse.
Neste sentido, Li apostou em outro aumento do preço do dinheiro antes do Ano Novo chinês, realizado em 3 de fevereiro, data na qual tradicionalmente os preços tendem a ficar mais caros.
No sábado passado, o PBOC aumentou em um quarto de ponto as taxas de juros a um ano, que ficaram fixados em 5,81%.
Foi a segunda alta de 25 pontos básicos aplicada este ano, após a registrada em outubro. Em ambos os casos, a inflação doméstica (que em novembro chegou a 5,1%) foi o que detonou a medida.
"A alta de juros contribui para enviar um sinal de que os legisladores estão centrados em limitar as expectativas inflacionárias", acrescentou o assessor.
O PBOC segue as diretrizes econômicas marcadas por Pequim, que em 2011 mudará a denominação oficial de sua política monetária, que passará de "moderadamente aberta" a "prudente".
No sábado, a instituição também ordenou uma alta da taxa de depósitos, que chegou a 2,75%, enquanto o depósito compulsório dos bancos chineses sofreu até seis aumentos neste ano, e atualmente se situa no nível recorde de 18,5% (19% para os grandes bancos). EFE