Rio de Janeiro, 28 mai (EFE).- O Banco do Brasil (BB) solicitou autorização para operar como banco comercial no Uruguai, tanto diretamente, como através do argentino Banco Patagônia, do qual é controlador, segundo porta-vozes da instituição financeira citados neste sábado pela "Agência Brasil".
Segundo a agência estatal, o BB solicitou as autorizações ao Banco Central e ao Ministério da Fazenda do Uruguai e pretende transformar o escritório financeiro que já tem em Montevidéu em um banco comercial.
Além disso, também almeja transformar o Patagônia Uruguai, subsidiário do Patagônia argentino e que opera em Ciudad del Este como "instituição financeira externa" em outro banco comercial.
"Temos um grande potencial de atuação bancária nessas duas praças. Sempre confiamos na integração regional", afirmou o vice-presidente comercial do Banco Patagônia, Carlos Nóbrega Pecego, em declarações à "Agência Brasil".
O interesse do BB em ter agências comerciais tanto em Montevidéu quanto em Punta del Este foi divulgado a dois dias da visita oficial que a presidente Dilma Rousseff realizará ao Uruguai.
O banco brasileiro pretende oferecer seus serviços às cerca de 60 empresas que operam no Uruguai e a diferentes clientes em Punta del Este, que conta com uma importante rede hoteleira e turística e atrai todo o ano inúmeros turistas brasileiros e argentinos.
Os planos do Banco Patagônia para expandir sua atuação no Uruguai com uma participação de capital de US$ 7 milhões para ampliar seus serviços e sua base de clientes já tinham sido anunciados neste mês em comunicado à Bolsa de Buenos Aires.
O Banco do Brasil iniciou sua internacionalização no ano passado, com a aquisição de 51% do Banco Patagônia por US$ 479,6 milhões.
Em maio, anunciou a compra por US$ 6 milhões do capital total do banco americano EuroBank, uma pequena instituição com operações no na Flórida, como parte de sua estratégia para expandir suas operações nos Estados Unidos.
A expansão do Banco do Brasil também prevê a abertura de novos escritórios em outros países, primeiro na América Latina e depois na Ásia e África. EFE